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Prevenção à Fraude como Estratégia: Cinco Práticas que Fazem a Diferença

Ontem, 30 de outubro de 2025, foi dia do profissional de prevenção à fraude, quem vigia, previne e responde, em silêncio, para que o dinheiro chegue a quem deve chegar. Em um Brasil onde o Pix virou hábito e o volume de transações cresce mês a mês, manter a confiança não é detalhe: é missão contínua que combina processo, tecnologia e educação. Nesse cenário, compliance não pode ser reduzido a políticas e documentos. Ele é cultura, método e capacidade de agir antes, durante e depois do problema.


Mas você sabe quais são as melhores práticas para evitar fraudes em instituições financeiras?

Pessoa com capuz, em ambiente escuro, usando um notebook; na frente do teclado aparece um ícone digital de cadeado brilhante, representando segurança de dados ou proteção contra fraudes cibernéticas.

1. Cultura e liderança


Toda fraude nasce antes do ato: nasce no ambiente que a permite. Quando metas importam mais que meios, quando pequenas irregularidades são ignoradas, quando “todo mundo faz”, cria-se o terreno fértil para desvios maiores. Prevenção à fraude, portanto, começa pela cultura, não pela tecnologia. Empresas que tratam integridade como parte do negócio, e não como discurso, fortalecem um senso coletivo de responsabilidade. A liderança tem papel decisivo, não basta aprovar políticas, é preciso demonstrar na prática que resultados não justificam atalhos. Uma cultura coerente reduz a racionalização (“ninguém vai ver”), desencoraja a permissividade e torna o risco da fraude moralmente e organizacionalmente inaceitável.


2. Due diligence


Fraudes raramente chegam de desconhecidos; elas surgem de relações mal avaliadas. Clientes, fornecedores, correspondentes bancários, fintechs parceiras, todos podem representar risco quando não há conhecimento suficiente sobre quem são, como operam e quais históricos carregam. Due diligence não é desconfiança, é prudência. Significa saber com quem se está lidando antes de abrir portas, conceder acesso ou compartilhar informações. Isso inclui analisar reputação, estrutura societária, origem de recursos, indícios de irregularidades e alinhamento com valores éticos. Empresas que adotam essa prática de forma contínua conseguem prevenir golpes de “laranjas”, evitar parcerias com empresas de fachada e reduzir o risco de responder por fraudes cometidas por terceiros. É uma filtragem ética e jurídica do ecossistema.


3. Controles internos


Mesmo ambientes éticos falham quando processos concentram poder. A falta de controle não cria apenas risco, cria tentação. Por isso, prevenir fraude exige dividir responsabilidades, quem solicita não pode ser o mesmo que aprova, e quem aprova não pode ser quem executa. Essa separação, somada a trilhas de auditoria e registros de decisões, impede que erros e manipulações passem despercebidos. Controles internos não existem para desconfiar de pessoas, mas para proteger o sistema de falhas humanas, pressões externas e oportunidades indevidas. Em instituições financeiras, isso se traduz em limites de alçada, gestão de acessos, conferência de pagamentos, validação de alterações cadastrais e revisão periódica de permissões. Fraude não cresce onde há barreira, transparência e supervisão.


4. Monitoramento e respostas


Nenhum controle é infalível. Por isso, instituições maduras não apenas criam defesas, mas aprendem a perceber quando elas foram violadas. Monitorar é enxergar padrões, identificar comportamentos atípicos, perceber movimentos que escapam da rotina. Mais do que alertar, é preciso agir, quem investiga? Quem comunica? Quando interromper uma operação? Ter um plano de resposta evita improvisos, reduz danos e transmite responsabilidade a clientes e reguladores. Monitoramento não significa vigilância permanente, mas atenção estruturada: combinar tecnologia, análise crítica e capacidade de decisão. Fraude não destrói grandes negócios em um único ato, mas sim no tempo em que passa despercebida


5. Canal de denúncias


Muitas das fraudes mais graves não foram descobertas por sistemas, mas por pessoas. Alguém viu, suspeitou ou soube, mas falar só é possível onde há confiança. Um canal de denúncias eficaz precisa ser acessível, sigiloso e seguro contra retaliações. Não basta existir; é preciso funcionar. Quando colaboradores, parceiros e até clientes percebem que suas informações são levadas a sério, que há investigação real e respeito pelo denunciante, o silêncio deixa de ser regra. É nesse ponto que a cultura de integridade se prova verdadeira: a empresa prefere lidar com a verdade a conviver com a aparência confortável da normalidade. O canal de denúncias é, portanto, o elo entre ética e ação.


Prevenir fraude é proteger a confiança e confiança é um dos poucos ativos que, quando perdidos, dificilmente retornam. A data de ontem não celebra apenas profissionais, mas a ideia de que segurança, transparência e responsabilidade são escolhas diárias. Fraude não se combate apenas com leis ou sistemas, e sim com coerência entre discurso e prática.

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